Pois bem, a sequência deveria ter três posts. Deveria, mas o post de Evangelion ficou muito extenso. Portanto, venho agora com o Bonus Stage, apresentando uma exceção à regra dos animes finitos (não, não falarei sobre Pokémon). Falarei sobre o melhor exemplo de final alternativo que tenho conhecimento: Full Metal Alchemist.
5 Full Metal Alchemist (Hagane no Renkinjutsushi)
Enfim, depois do lançamento da série “Brotherhood”, todos sabem que o final da primeira série é alternativo. Aqui cabe uma digressão: chamo de anime com final alternativo aquele cuja história não termina da mesma forma que no mangá. Isso pode acontecer por diversos motivos: agradar o público, censura televisiva, corte de verbas ou porque o mangá de origem ainda não terminou, caso de Full Metal Alchemist (FMA, daqui para a frente). Voltando ao raciocínio inicial, quando assisti FMA pela primeira vez, há cerca de dois anos, nem desconfiei que a história do anime tomou um rumo diferente da do mangá a partir do episódio vinte e poucos, de tão bem feita que a história alternativa ficou. Os 51 episódios da primeira série de FMA deixaram uma história muito bem amarrada e atraente, apesar de praticamente metade da série não ter saído da cabeça da autora do mangá, Hiromu Arakawa.
“Pessoas não podem ter nada sem sacrificar algo. Você precisa apresentar algo de igual valor para ganhar esse algo. Este é o princípio da troca equivalente da alquimia.” A frase dita por Alphonse no começo de todo episódio explica bem o mundo do anime. FMA se passa em um mundo paralelo ao nosso, onde é possível fazer alquimia (jura?) possuindo um pouco de conhecimento, um círculo de transmutação e respeitando o princípio da troca equivalente. Simples assim.
A história começa in media res, com a chegada dos irmãos Elric – Edward e Alphonse – a uma cidade qualquer do interior, procurando pela Pedra Filosofal que, segundo alguns rumores, estava em posse de algum habitante. Após desmascarar um líder religioso charlatão que usava uma falsa Pedra Filosofal, a razão de Ed e Al buscarem o tesouro máximo da alquimia (a Pedra) é revelada em alguns episódios Flashback. Numa tentativa de reviver a falecida mãe, os dois irmãos quebram um tabú da alquimia e realizam uma forma proibida de alquimia: a transmutação humana. A empreitada é mal sucedida e Edward acaba perdendo sua perna esquerda, enquanto Alphonse perde seu corpo todo. Num último esforço, Edward sacrifica seu braço direito para fixar a alma do irmão numa armadura. Para substituir os membros perdidos, Ed passa a usar Automails, que são próteses mecânicas. São os membros mecânicos que rendem a ele o apelido de “Full Metal”.
Assim, começa a jornada dos irmãos em busca da Pedra Filosofal (que permite que seu usuário ignore o princípio da troca equivalente) para assim recuperarem seus corpos. O caminho mais fácil encontrado para conseguir influência e recursos para a jornada é ingressar no exército. Assim, Edward torna-se um Alquimista Nacional: um subordinado das forças armadas, mas com relativa liberdade para pesquisar e procurar informações sobre a Pedra Filosofal. Em sua jornada, os irmãos Elric descobrem vários podres do exército, bem como se envolvem com seres míticos da alquimia: os Homúnculus.
O que mais me impressionou em FMA é a atmosfera constante de melancolia, por mais coloridos que sejam os cenários e por mais que as piadas sejam engraçadas. A marca de tristeza do passado dos irmãos Elric está profundamente enraizada ao longo de toda a trama. Além disso, os acontecimentos ao longo da jornada em busca da Pedra Filosofal, os podres do exército, o mistério do nascimento dos Homúnculus, tudo colabora para a atmosfera do anime ficar ainda mais pesada à medida que a Pedra Filosofal se aproxima. É muito interessante observar um anime de ação/aventura, voltado para meninos, que explore tão bem o psicológico dos personagens (na medida do possível. Não esperem uma profundidade do nível de Evangelion). Talvez seja a mão feminina da Hiromu no começo da série.
Por que assistir FMA? Porque é uma mistura finíssima de elementos que fazem um bom anime: bom enredo, profundidade dos personagens, boa trilha sonora (músicas de abertura e encerramento EXCELENTES) e, o mais importante para se gostar de um anime (de um livro, um filme, um seriado): FMA é emocionante. É comovente. Nos faz acompanhar toda a alegria e sofrimento dos irmãos Elric, do Coronel Mustang, da Winry, etc. Digo, sem vergonha nenhuma, que FMA é um anime que mexeu emocionalmente comigo. Mais do que recomendado.
Baseado no mangá homônimo, ainda em publicação, de Hiromu Arakawa, FMA foi exibido pela primeira vez no Japão pela emissora MBS-TBS, entre outubro de 2003 e outubro de 2004. No Brasil, a série é exibida pelo canal Animax e pela RedeTV!. Até chegou a passar aqui no Maranhão, mas logo foi suprimido pela “maravilhosa” programação local. FMA possui um filme de 2005, que dá o verdadeiro “ponto final” à série: Conqueror of Shambala (Shamballa wo Yuko Mono). A série “Brotherhood”, iniciada em abril deste ano, conta até agora com 28 episódios e promete ir até o 63. É ver pra crer.
Download dos episódios: http://www.alchemistproject.xpg.com.br/#
(a qualidade das legendas desse site não é das melhores, mas tem tudo em um lugar só).
6 comentários:
Sempre repito: Não gosto de anime.
FMA, por outro lado, é aquele que fez meus olhos brilharem. O único que tive "coragem" de assitir TODO duas vezes.
Vale a pena. MUITO a pena.
Meu amigo, FMA está com certeza na minha lista dos 3 melhores e agora nao me vem a cabeça algum que o tenha superado. Com seu enredo cheio de reviravoltas e muito bem tramado FMA merece ser assitido o quanto antes!
Marquinhos, nao sei se vc já assistiu FateStay Night, se não eu te passo esse fds... certamente renderá um bom post. ; )
Já vi alguns pedaços de FSN, achei legal ;D
Com certeza ainda existem animes bons que deixaram de ser contemplados aqui, como PeaceMaker Kurogane, WitchHunter Robin, Slayers, FateStay Night, Bucky, entre outros.
Mas estou bem satisfeito com a seleção que fiz :D Vou procurar algo que não seja anime/mangá pra escrever no próximo post, pra não ficar monótono
(raramente posto em blogs, mas sobre FMA vale a pena)
O FMA antigo tem seu brilho - apesar de ter arriscado bastante ao colocar um conceito "alquímico" (proveniente do mangá, claro) além do original.
Houve respeito à ciência como a conhecemos 'aqui', da impossibilidade de manuntenção de energia, sempre gasta em qualquer trabalho - motores adiabáticos, haha. E por essa possibilidade existencial na argumentação, ficou tão bom. Não vemos aqueles cagaços fillers feitos em animes como Naruto e DBZ que desprestigiam a arte (principalmente no primeiro).
E tudo isso mantendo o charme depressivo da história, sendo até mais pesado que o original em certos pontos. Fora a puta ligação com a estética mitológica de 'nosso' mundo (Envy como Ouroboros ficou genial).
Brotherhood pode não ter aparecido tão bom quanto o primeiro desenho nas rápidas olhadas iniciais de quem assistiu a série anterior. Principalmente por já iniciar com um filler (o único completo, até agora) e manter as tiradas cômicas do mangá, 'colorindo' e desanuviando o clima da série, e também a qualidade do traço (essa sim, uma crítica plausível). Mas a fidelidade é louvável, e os acréscimos bem-vindos. Mesmo com um ar mais engraçado, há em FMA: B pontos que de longe superam o antecessor. A aparição do Pai e quando o Ed encontra o real corpo do Al (e chuta a Porta da Verdade, avisando que voltaria) são demais! ^^
Comparar as séries não é bom: hora ou outra tu vai achar uma delas estranha, ou um lixo total, rs.
Boa notícia: FMA:B acaba em junho do ano que vem. Animes curtos é o que há.
E para representar a nova safra de animes, só faltou incluir Death Note na lista.
Abraços!
eu amo do fundo do meu s2 FMA e eu tô vendo brotherhood!!! é d+!!! eu to epi 51 alguém sabe onde eu baixo o epi 52???
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