Chew: Um gosto diferente nas HQs

terça-feira, 29 de setembro de 2009

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Como já contei milhões de vezes em duzentos blogs diferentes, não era fã de histórias em quadrinhos. Não mesmo. Há pouco mais de um ano atrás, durante a VII Semana de Letras da UFMA, fiz um minicurso sobre HQs com Bruno Azevedo justamente com a idéia de perder o preconceito que tinha sobre qualquer coisa ilustrada. Desnecessário dizer, após o título desse texto, que deu certo.

Apesar de tentar um pouco, não consegui criar apreço pelos gibis clássicos, aqueles da Marvel e DC. Alguns dos fatores que impediram tal casamento foram apresentados no texto de Risso sobre como começar a ler quadrinhos. Era coisa demais, eram personagens demais. No entanto, acho que algo no meu subconsciente realmente dizia que os homens de capa não eram para mim, e acabei mergulhando no mundo das graphic novels e minisséries não tão tradicionais. Chew é assim: Nada convencional.

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Criado por John Layman e publicado atualmente pela Image Comics, Chew conta a história de Tony Chu, um agente especial da FDA (Food And Drugs Administration) que conta com uma habilidade peculiar para o combate ao crime: Ele é um cibopata, alguém que consegue impressões físicas, descobrir a história de qualquer coisa que ele coma.

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Pela curtíssima sinopse acima já deve ser notável o quão bizarra essa HQ pode se tornar, já que para saber, por exemplo, quem um serial killer matou é necessário uma pequena dose de canibalismo. A trama é obviamente focada na ação por trás do dom de Chu, mas conflitos pessoais e amorosos em meio à epidemia do frango que assola o mundo criado por Layman também são vistos na HQ.

O traço de Rob Guillory, apesar de ser no estilo Cartoon é bem fluido e bonito combinando perfeitamente com a história, um misto de real com improvável. A narrativa, por sua vez, pode deixar um pouco a desejar, sendo um pouco rápida e plana demais, mas talvez seja cedo para tais afirmações.

Chew ainda está no começo, tão no começo que é até difícil achar informações sobre a história na internet, o que influi diretamente no tamanho e profundidade deste texto, mas no já batido mundo das HQs, onde tudo se repete e copia, novos ares em uma trama diferente como a de Chew sempre são bem vindos.

Os links para download em formato .cbr podem ser encontrados no Gibiscuits

Anime como deve ser: Parte II

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

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Continuando a falar sobre animes com começo, meio e fim, trago, neste segundo post, dois animes de gêneros diferentes: um de comédia e outro de ação.

2 Golden Boy: O Estudante que Viaja.

Provavelmente, tem-se em Golden Boy o protótipo da fórmula dos animes estilo “harém”, ou simplesmente, “comédia romântica”: basicamente, são aqueles animes onde o protagonista é um completo idiota (a maior parte do tempo, pelo menos), mas, por alguma incrível força do destino, consegue deixar todas as mulheres com quem se encontra perdidamente apaixonadas por ele. Podemos citar Love Hina e Tenchi Muyo como séries de sucesso que fizeram bom uso dessa fórmula.

Golden Boy é uma série de 6 episódios, adaptada do mangá homônimo de Tatsuya Egawa, que conta a história de Kintaro Oe, um homem de 25 anos que larga a faculdade de Direito na Universidade de Tóquio para sair vagando pelo Japão em sua bicicleta. Sim, BICICLETA (começa aqui a falta de noção característica desse gênero de anime). Seu objetivo? Aprender. Sobre o que? Sobre pessoas, lugares, relações, empregos, enfim: sobre a vida. Cada episódio da série é uma história fechada, começando com a chegada de Kintaro a um lugar e terminando com sua partida.

Como bom protótipo do gênero “comédia romântica” é claro que Golden Boy é rico em cenas deveras “picantes” e mulheres com medidas que deixariam qualquer Megan Fox com inveja. AGORA eu falo sobre frustrações nipônicas: o Japão é um país onde as pessoas são extremamente reservadas (para não dizer sexualmente retraídas). Só para vocês terem uma idéia, não é comum ver namorados se beijando em público. Até a pornografia japonesa tem censura, por isso, certas coisas que não podem ser feitas por atores, são feitas por personagens animados ou desenhados. Agora vocês entendem por que o hentai (desenhos pornográficos) é tão popular entre os nipônicos.

Enfim, tudo isso foi uma breve introdução para que vocês entendam o porquê das cenas “picantes” de Golden Boy – que não é hentai, mas chega perto. Se bem que algumas cenas que deveriam ser picantes, acabam sendo cômicas para qualquer não-virgem, não-menino-do-buchão (Pelo amor de Ramsés III, tem que ser MUITO menino do buchão pra achar excitante, em vez de engraçado, uma mulher praticamente fazendo sexo com uma MOTO).

Por que assistir Golden Boy? Primeiro, porque é muito bom conhecer toda a fórmula que, em maior ou menor grau, aparece em todos os animes estilo “comédia romântica” em apenas 6 episódios. Segundo, porque é curto e, por isso, nem um pouco cansativo. Por último e principalmente, porque é MUITO ENGRAÇADO. Quem gostar de nonsense com certeza vai dar boas risadas com a falta de noção de Kintaro. Golden Boy teve sua animação feita (muito bem feita, diga-se de passagem) em 1995 pelas produtoras Shueisha e KSS. Não chegou a passar na televisão, talvez pela quantidade reduzida de episódios.

3 Street Fighter II: Victory



Aproveitando o ensejo de que a grande maioria dos nerds leitores e colaboradores (a exceção de Risso) está voltando a praticar artes marciais, falo aqui sobre Street Fighter II: Victory. Só por causa disso? Claro que não! Street Fighter fez parte da infância de todos os que já viram um Super Nintendo, ou passaram em algum fliperama de rodoviária, e Street Fighter II: Victory (a partir de agora SF2V) é uma adaptação MARAVILHOSA do game que popularizou e imortalizou a série Street Fighter em nossas memórias e corações nerds (nem preciso dizer que é Street Fighter II...).

Falemos então um pouco da história: tudo começa quando Ryu, rapaz de 17 anos que trabalha ajudando um velho nas montanhas ao norte do Japão, recebe um convite de seu velho amigo Ken, com quem treinou artes marciais, para ir aos Estados Unidos, terra natal de seu amigo loiro e playboy. Chegando à terra do Tio Sam, os dois jovens decidem sair para se divertir e testar suas habilidades. Porém, como nem tudo é perfeito, durante uma briga de bar, eles apanham feito duas malas velhas pra tirar poeira pro oficial das forças aéreas Guile. A derrota mostra a Ryu e Ken sua necessidade de treinar mais, então eles partem numa viagem pelo globo com o objetivo de aprimorar suas habilidades.


Assim começa a jornada onde os heróis encontrarão a grande maioria dos personagens do jogo: Chun-Li, Fei Long, Sagat, Dhalsim, Balrog, M.Bison, Cammy, Zangief e Vega (Como se trata de um anime, os nomes dos personagens são os japoneses). A história é bem amarrada e todos os eventos, direta ou indiretamente, relacionam-se com a organização criminosa Shadaloo, comandada por Vega, último chefão do jogo e do anime.

Por que assistir SF2V? Porque a trilha sonora (especialmente a música do hadouken) é excelente, os personagens são bem mais humanos (um hadouken não sai com a facilidade de um espirro e nem a Chun-Li tem aquele chute em velocidade Mach 3) e as lutas são LINDAS (Ken vs. Balrog é a melhor de todas). Com 29 episódios, SF2V foi exibido no Japão em 1995, pela Yomiuri TV, e no Brasil em 1999, pelo SBT, e em 2004 (aproximadamente) pelo Cartoon Network. Dirigido por Gisaburo Sugii, SF2V é, com certeza, a MELHOR animação baseada em um jogo de videogame.

Curiosidades sobre SF2V:
- Alguns fãs xiitas do game criticaram o anime pelas roupas mudadas e golpes “enfraquecidos” de alguns personagens. Eu vejo isso como uma melhora, por deixar os personagens mais humanos;
- Gouki/Akuma aparece em muitos episódios, como figurante. É bem divertido procurar aquela cara horrível na multidão;
- Sagat não é um subordinado de Vega. Ryu o encontra em outras circunstâncias;
- Cammy não é dez anos mais nova que Chun-Li, como a história do game, produzida pela Capcom, conta (até porque Chun-Li só tem 15 ou 16 anos no anime). Talvez esse seja o único “erro de continuidade” da adaptação;
- T. Hawk, Dee Jay, E. Honda e o nosso conterrâneo Blanka não aparecem no anime (e nem fazem falta).

Illuminaticast

sábado, 26 de setembro de 2009

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Enquanto o pessoal não atualiza vou aproveitar este espaço para divulgar uma coisa que já estava na minha lista desde o nascimento do blog, o Illuminaticast, um podcast que surgiu na comunidade Universo Marvel e que conta com a participação deste que vos escreve.
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A idéia do podcast surgiu ao percebermos que não havia nenhum outro que abordasse exclusivamente esse tema, tendo seu primeiro episódio gravado no final do mês de maio e posteriormente mais três.
A formação original do programa contava com:
A idéia original, além da principal quando se grava um podcast, era também integrar os membros da comunidade. Porém, foi bem mais além e já contamos com a participação de algumas pessoas de fora, como foi o caso do quarto podcast que contou com a presença do Eddie, da comunidade Marvel 616.
Nada melhor do que ouvi-los para entender um pouco mais. Então segue abaixo os links para download desde o primeiro até o quarto podcast. Lembrando que esse fim de semana deve ser gravado o quinto episódio depois desse longo intervalo desde o último.
Illuminaticast #1:
Esse foi o piloto do nosso programa e trata um pouco sobre as preferências e gostos de cada um dos membros. Além de falarmos um pouco das melhores e mais importantes sagas também abrimos um espaço para mencionar um pouco da história do personagem favorito de cada um.
Illuminaticast #2:
Episódio especial de festa junina.
Illuminaticast #3:
Como todos devem saber a Marvel não publica suas revistas diretamente no Brasil, essa publicação é feita por outras editoras. É exatamente sobre isso que tratamos nesse podcast, além da polêmica dos scans.
Illuminaticast #4:
Um podcast inteiro sobre vilões, dos mais perigosos até os mais banais. Nosso último podcast gravado.

Anime como deve ser: Parte I

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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Primeiro post da minha vida em um blog. Sobre o que falar? Da única coisa que provavelmente sei mais do que meus amigos nerds: animes/animês.

Sim, sou um grande fã dos desenhos cabeçudos de olhos enormes produzidos no Japão. Não estou aqui para falar sobre a técnica de desenho japonesa ou suas causas (se os personagens de olhos grandes são reflexos das frustrações oculares nipônicas, nada tenho a ver com isso), estou aqui para opinar sobre alguns animes que me marcaram e que recomendo para qualquer um que queira conhecer o mundo da animação japonesa.

Se você, leitor, espera aqui encontrar minhas opiniões sobre Naruto, Bleach, One Piece e outros animes infinitos que são febre entre adolescentes dos quatro cantos do mundo, esqueça.

Quero falar aqui de animes da saudosa época em que eles acabavam, o que, na minha opinião, era um grande fator de superioridade em relação à animação norte-americana (O pessoal de Caverna do Dragão ficou uns 10 anos sem voltar pra casa, tenha dó!).

Enfim, neste e nos próximos dois posts, apresentarei aqui lista e comentários de 5 animes FINITOS, porque anime que é anime tem que ter começo, meio e fim. Quem sabe algum deles atraia sua atenção.


1 Yuu Yuu Hakusho





Numa tradução literal, “O livro em branco do fantasma atrapalhado”, Yuu Yuu Hakusho (Yuyu daqui pra frente) é a obra de maior sucesso do autor Yoshihiro Togashi. Baseado no mangá homônimo, Yuyu conta a história do detetive espiritual Yusuke Urameshi.

Estereótipo de delinqüente juvenil: brigão, desbocado, cabulador de aulas e tudo o mais, Yusuke morre aos 14 anos, quando, surpreendentemente, salva uma criança de ser atropelada. O grande problema é: nem Deus julgava o jovem capaz de dar sua vida por alguém, portanto não havia lugar para ele no purgatório, no inferno e muito menos no céu. Assim, após provar sua força de vontade e bondade interior (bem interior MESMO), Yusuke volta à vida como um detetive espiritual: aquele que resolve problemas sobrenaturais no mundo dos humanos. Problemas estes causados por youkais: demônios humanóides ou monstruosos que fazem parte do imaginário japonês tanto quanto os elfos fazem parte do imaginário nórdico ou escandinavo, por exemplo.


Por que assistir Yuyu? 2 respostas me vêm à mente: primeiro, porque trata de temáticas e lendas referentes à cultura nipônica, colaborando para o aprendizado da mesma; segundo e mais importante, porque é DIVERTIDÍSSIMO. É impossível eleger um “personagem preferido” em Yuyu: mesmo inimigos como Toguro e Sensui, ou personagens pouco expressivos como Diabo e a irmã do Kuwabara são bastante carismáticos. Além disso, a trilha sonora é bem-feita e a história se desenrola de maneira ágil e leve.

Exibido de 1997 a 1999 pela extinta Rede Manchete e a partir de 2004 pelo Cartoon Network, Yuyu conta com 112 episódios e com a melhor dublagem brasileira de um anime (quiçá de todos os desenhos já exibidos aqui). Vale muito a pena conferir.





Halo ODST - Review

terça-feira, 22 de setembro de 2009

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Um dos principais motivos que impulsionou a compra do meu querido Xbox 360 e não de um PS3 ou Nintendo Wii, além dos óbvios custo/benefício foi o leque de jogos exclusivos do console. Como sou apaixonado por jogos de luta e FPS (First Person Shooters) escolhi de fato a caixa da Microsoft, já que com os jogos da franquia Gears of War, Left 4 Dead e Halo teria maior divertimento do que com os também ótimos God of War e Metal Gear Solid 4. É exatamente sobre a nova sequência de um destes que hoje vos falo: Halo ODST.

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Halo ODST, ou Orbital Drop Shock Troopers , é cotado como o penúltimo jogo da série pela Bungie, produtora americana que foi responsável por seus primeiros 3 títulos. Diferente de seus irmãos mais velhos, desta vez não controlamos o poderoso Spartan Master Chief, mas os soldados ODST, uma unidade inferior, mas nem por isso fraca, da UNSC.

A trama do game, apesar de sua pouca duração, é sólida e complexa. Jogando como o ODST novato nomeado apenas por “The Rookie” devemos desvendar os mistérios por trás das falhas em uma Missão em New Mombasa, cidade situada em uma África futurista. Logo no início algo dá terrivelmente errado, o que acaba por separar o esquadrão. No papel de “The Rookie”, o jogador deve cautelosamente explorar as ruas da cidade em busca de indícios ou pistas do paradeiro de sua equipe. A cada nova evidência encontrada, somos levados a um flashback jogável na pele de outros ODST para descobrir que eventos ocorreram até aquele momento.

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Graficamente Halo ODST é muito bonito. As texturas e os brilhos parecem estar mais bonitas do que Halo 3. Esforçaram-se para dar uma polidez melhor ao game. Os efeitos explosivos, fogo e fumaça fazem deste jogo uma linda experiência visual.

A grande diferença, porém, fica na tensão passada pela iluminação do cenário. As ruas desertas das noites de Mombasa são muito diferentes dos dias na floresta, do começo do último jogo. O uso do VISR, Visual Intelligence System Reconnaissance, uma espécie de visão especial que além de definir contornos de inimigos/aliados permite achar alguns itens no cenário e ver seus objetivos e mapa, faz-se sempre necessário, o que de forma alguma é uma coisa ruim, pois traz um pouco mais de inteligência ao gênero FPS. Halo ODST não é só matar, matar e matar.

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O único ponto negativo dos gráficos do novo Halo são as cut scenes no decorrer do jogo. Apesar de bem divertidas e úteis para o desenrolar da história, elas são feitas com gráficos in game. Certo que isto não é novidade na franquia Halo, mas é um defeito que há muito já deveria ter sido corrigido.

A jogabilidade também tem ótima qualidade, similar a de seu predecessor, Halo 3, com movimentos que continuam muito precisos e intuitivos. A dificuldade, porém, é maior do que nos outros jogos. O fato de não jogarmos com um Spartan desta vez, que se cura automaticamente ou segura várias armas ao mesmo tempo, faz com que o avanço seja de forma mais cautelosa, eliminando o estilo “Rambo” que podia ser adotado no passado, tornando, assim, Halo ODST um shooter mais tático do que Halo 3.

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Ao falar de gráficos e controles também é necessário falar da trilha sonora de ODST. Todos os sons do jogo, assim como suas músicas são bem claros e nítidos. Estas últimas, por sua vez, são soberbas em todos os sentidos. As melodias variam de pesados solos de guitarra a complexas sinfonias em orquestra e são compostas por Michael Salvatori e Martin O'Donnell, que também fizeram a soundtrack dos outros títulos da série Halo. O trabalho da dupla ambientou de maneira magistral a saga dos ODST.

O game conta ainda com dois modos multiplayer. Um deles chama-se Firefighter e está disponível no próprio disco do jogo. O outro é o clássico multiplayer de Halo 3, que está inserido em um segundo disco com 21 mapas que antes estavam disponíveis somente na Live, além de 3 novos. Neste divertidíssimo novo estilo de jogo, os players devem se unir e trabalhar em cooperação contra incontáveis hordas de inimigos que chegam ao cenário através de naves. Algo bem parecido com o modo Horde de Gears of War 2.

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Halo ODST não é uma mera expansão da família Halo, como muitos achavam. É um jogo sólido e bem feito. Os únicos traços que o afastam da perfeição são os já citados: Curta duração e cenas com gráficos in game. O jogo, apesar da história bem construída, pode ser finalizado em menos de 5h, acabando por deixar um gosto amargo de quero mais na boca dos players, o que deve em muito elevar as pré-vendas de Halo Reach, quando disponível.

O game como um todo é uma bela experiência para qualquer fã do gênero, já que pode sim ser encarado como um episódio fechado ou afastado da cronologia Halo. Os aficionados pela série, porém, terão com ODST momentos ainda mais gratificantes, pois viverão os bastidores do que ocorreu entre Halo 2 e 3. Jamais acreditei em um sistema de notas para jogos de videogame, levando em conta que os critérios de avaliação sempre são muito subjetivos e pessoais, mas Halo ODST com certeza teria algo maior que 9.5 em minha lista. Merece ser jogado e apreciado por qualquer dono de 360.

Halo ODST tem lançamento mundial HOJE, dia 22 de setembro somente para Xbox 360.

Como começar a ler quadrinhos?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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Essa é sem dúvida uma das perguntas mais freqüentes que leio na comunidade que participo e pensando nisso resolvi escrever sobre o assunto tentando dar uma luz para aqueles que estão começando agora. Não deve ser um problema para quem lê revistas isoladas, mas com certeza sentir-se perdido desestimula aqueles que querem adentrar um universo mais amplo de histórias, como na Marvel e na DC.
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A primeira barreira que se coloca é o histórico dos personagens e a sensação de cair de pára-quedas na vida de alguém totalmente desconhecido. Essa talvez seja a menor das dificuldades considerando que com o auxílio da internet e a existência de diversos fóruns e comunidades sobre o assunto é muito fácil termos acesso a essas informações.
Feito isso creio já ser possível conhecer a origem, alguns eventos relevantes na cronologia e até um pouco do rol de vilões desse personagem. Depois disso é partir para as bancas e comprar o que estiver por lá mesmo. Porém, nem tudo são flores, sempre tem algum novo arco começando e outro terminando dentro de uma mesma revista, mas não se preocupe agora em pegar alguma coisa pela metade, é simplesmente inevitável.
Com a revista em mãos nos deparamos com um segundo ponto e que também explica um pouco a situação anterior. No Brasil, a Panini é a responsável pela distribuição de boa parte dessas revistas e adota o sistema de mixes, ou seja, em uma mesma revista encontramos três ou quatro publicações diferentes.
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O problema nisso é que algumas vezes as histórias de uma revista se relacionam com outras, principalmente quando acontece alguma mega-saga que envolve todos os heróis. Isso é o que está acontecendo agora na Marvel com a saga Invasão Secreta que atinge 70% das publicações mais edições extras publicadas mensalmente que complementam a história. Digamos que de quatro histórias do mix, uma faça parte de um evento maior.
A essa altura vocês já devem ter chegado a conclusão óbvia, realmente não existe fórmula mágica para se começar a ler, mas existem alternativas para os que desejam comprar uma ou outra revista isoladamente.
Na Marvel a linha Millenium é publicada em uma única revista e se passa em um universo isolado do 616, que é onde ocorrem as principais publicações da editora. É uma das revistas que eu mais recomendo para quem quer começar e não sabe bem por onde ou não tem uma preferência, pois trás os principais personagens da editora em ótimas histórias, exceto quando caem na mão do Loeb.
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Ler um pouquinho de cada coisa ajuda a decidir-se. E como ninguém gosta de jogar dinheiro fora sempre se pode contar com os scans que são altamente divulgados na internet e nessas situações até eu, defensor absoluto das revistas impressas, acredito que seja a melhor forma de se conhecer um pouco antes de ingressar de vez nessa ida sem volta que é o mundo dos quadrinhos.
Esse foi o primeiro de uma linha de posts nesse estilo e nos próximos já pretendo escrever um pouco mais sobre essa variedade de realidades e também um pouco sobre histórias destinadas ao publico feminino e adulto que vem ganhando cada vez mais espaço nas editoras.

UFC 103: Franklin Vs Belfort. Comentários

domingo, 20 de setembro de 2009

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Duas horas de pancadarias e muitas dúvidas e decepções depois o UFC 103, diferente de seu predecessor, termina sem deixar seu nome na história como um dos melhores e mais emocionante eventos ocorridos. Até mesmo as outras lutas do card televisionado foram paradas e sem grandes lances. Saibam então, como prometido, sobre as lutas do evento principal. O Aviso de SPOILER está ligado e piscando durante este post.

O brasileiro Junior Cigano entrou no octógono com uma atitude muito mascarada. Cara fechada e apontando para o centro do ringue como se fosse enterrar o Croata. A luta se deu como previsto: O novato avançava enquanto a lenda Mirko Cro Cop tentava se esquivar e contra atacar com alguns diretos e chutes altos que, apesar de machucar o rosto de seu adversário no primeiro round, não foram suficientes para causar grandes danos. Após uma sequência de joelhadas durante o clinch, Cro Cop acabou desistindo da luta dando uma vitória por TKO à Cigano dos Santos e saindo envergonhado da arena.

A luta inteira foi morna e sem graça. Apesar de usar a estratégia prevista, os golpes do policial geravam apenas decepção. O Cro Cop de 2006 teria atropelado Cigano sem pena. Ao contrário do que os nada parciais comentaristas do SporTV tenham a dizer, o brasileiro ainda é inexperiente e com uma técnica pouco apurada. Caso enfrente algum lutador de grande porte em seu auge, o que não era o caso, vai se encontrar em um grande problema. Digam o que quiserem, mas alguém melhor preparado e com mais experiência finalizaria aquela imitação barata de Cro Cop no primeiro round.,

O combate, principal da noite, por outro lado, foi como o esperado. Vitor Belfort lutou com uma base diferente, mas aberta, em um estilo parecidíssimo com o de Lyoto Machida. Após alguns minutos circulando o octógono e estudando o adversário uma brecha apareceu e depois de alguns socos no contra ataque o brasileiro venceu por TKO.

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Apesar da vitória, a apresentação de Vitor também não foi o esperado. A superioridade do brasileiro sobre o americano era sim bem evidente, mas toda a situação que levou ao KO pareceu ser sorte e não habilidade. Posso e quero muito estar enganado, mas somente as próximas lutas do “The Phenom” provarão tal fato.

Essa de fato não foi uma das melhores edições do UFC. A Passada, que estrelou Minotauro contra Couture, teve muito mais ação e belíssimos Knockouts. Após lutas desanimadas e aproveitando uma das poucas coisas que os comentaristas brasileiros falaram na noite, é difícil prever o futuro de Franklin e Cro Cop na organização, já que ambos foram derrotados em momentos não muito bons de sua carreira. Os dois lutadores devem descer a ladeira do UFC, talvez de mãos dadas para não cair depois da surra que levaram. Agora nos resta somente esperar Lyoto Vs. Shogun no UFC 104 e torcer por um belo show.

Os links para download e os vídeos das lutas estão disponíveis no Blog Universo MMA.

UFC 103: Fraklin Vs. Belfort

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

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No próximo sábado, dia 19, acontecerá em Dallas a próxima edição do Ultimate Fighting Championship. O evento contará, além da luta principal entre o brasileiro e ex campeão dos meio pesados do UFC Vitor Belfort, contra o também ex campeão Rich Franklin com um embate entre o veterano Mirko Cro Cop que enfrenta uma nova promessa da categoria Pesados, o brasileiro Cigano dos Santos.

O que esperar?

cro_copCro Cop há muito não é o grande lutador dos tempos do Pride ou K1. Desde que entrou no UFC, em 2007, seu Cartel se resume há um modesto 2-2 na maior organização de lutas do mundo. Sua ultima vitória, contra o inglês Mostapha Al-Turk no UFC 99 foi bastante contestada já que o croata acertou, mesmo que acidentalmente o olho de seu adversário com os dedos antes de desferir violentos socos que culminaram em um TKO.

Esta luta para Cro Cop é como um ponto final, uma afirmação na sua carreira de lutador. Derrotando o jovem talento, o policial poderá deixar os fantasmas que atormentam suas lutas de vez para trás e, quem sabe, desafiar em um futuro próximo, Brock Lesnar pelo título da organização.

No outro corner do Octógono, Cigano dos santos se prepara para a maior luta de sua carreira. Com um cartel de 8-1, o bahiano enfrenta Cro Cop no próximo sábado encarando-o como a última pedra em sua escalada ao reconhecimento no mundo do MMA. Já se fala até em disputa pelo cinturão caso Cigano vença o croata.

Todos os fóruns e blogs de MMA comentam que esta é uma luta sem favoritos. O brasileiro tem uma ótima sequência de vitórias, mas quase todas, com exceção do lindo knockout contra Fabrício Werdrum no UFC 90, são contra adversários inexpressivos. Como já dito, este será o maior desafio de Cigano. Cro Cop, por sua vez, conta com uma vasta experiência nos ringues e, creio eu, isto será o fator decisivo nesta luta. Calma e técnica nessas horas, atributos que o croata tem de sobra, podem gerar vantagem contra a inexperiência e avidez do brasileiro. Minha aposta é em Cro cop.

A luta principal da noite, Belfort contra Franklin, por outro lado, não traz nenhum novato em busca de ascensão, mas sim dois velhos conhecidos dos fãs do MMA.

O americano Rich Franlkin é considerado um atleta exemplar quando se fala de condicionamento ou disciplina alimentar. O striker vem de vitória por decisão unânime contra Wanderlei Silva no UFC 99, mas apesar do resultado, a carreira do lutador sofre seus altos e baixos desde que perdeu o título, e a revanche, para Anderson Silva algum tempo atrás. Rich situa-se neste momento entre categorias lutando em catch weight (peso combinado) e buscando um rumo para seu futuro. Uma vitória contra Belfort consolidaria sua volta ao caminho do cinturão.

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Seu adversário, o brasileiro Vitor Belfort, marca sua volta ao UFC com grande estilo. Vindo de 4 vitórias, a última contra o excelente wrestler Matt Lindland, e tendo sua derrota mais próxima ocorrido em outubro de 2006, para Dan Henderson, que também venceu Franklin, o faixa preta de Jiu Jitsu transborda confiança. Uma boa luta impressionaria Dana White, presidente do UFC, e os fãs, consagrando seu retorno ao maior evento do mundo de forma belíssima.

Franklin teve a maior parte de suas derrotas lutando em pé. Sofreu TKO de Lyoto Machida e Anderson silva dessa forma. Com esse pensamento em mente Belfort esforça-se para melhorar seu stand up, que para quem se lembra já era muito afiado com socos rápidos e devastadores, treinando com os técnicos da seleção brasileira de caratê, o mesmo dos irmãos Machida, e segundo entrevista recente de seus treinadores, Belfort está mais que preparado no seu novo estilo de luta.

Acredito em uma vitória de Vitor neste combate do UFC 103. O acréscimo do Caratê Machida ao seu arsenal de MMA criará a distância necessária de Franklin para que o brasileiro possa explorar brechas e buscar o Knockout.

A primeira vista pode até parecer estranho um blog sobre cultura nerd falar sobre esportes, mas o MMA é como nossa versão do futebol. Torcemos, gritamos e assistimos entusiasmados com os golpes. Esperem no domingo os comentários sobre as lutas do UFC 103.

Antes e depois: Fighting Games

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Quando penso na minha infância gamer os momentos mais nostálgicos não são aqueles em que aperto o único botão do controle do meu Atari de forma frenética ou que experimento o rápido rolar do porco espinho azul no Master System pela primeira vez. Definitivamente são aqueles antecedidos pelo brilhante logo amarelo da Capcom no falecido Snes enquanto esperava Street Fighter 2 iniciar para mais uma sessão desenfreada de pancadaria antes de fazer os deveres de casa.

Diferente de muitos a minha verdadeira paixão infantil nunca foi Super Mario e suas incontáveis sequências. Quem acompanha meus textos, se é que ainda existe esse tipo de pessoa, sabe que até hoje games do encanador italiano não enchem meus olhos, enquanto os jogos de luta, seguidos bem de perto por shooters de ação, fazem parte do cume de minha preferência. Como bom seguidor do estilo, acompanhei três grandes franquias desde seu inicio no começo dos anos 90 até os dias de hoje, no auge da nova geração. Mortal Kombat, Street Fighter e Fatal Fury/The King of Fighters. Após jogar cada uma das novas empreitadas destas sagas imortais, nada mais justo que tentar compará-las e ver como cada qual lidou com o passar do tempo e o avanço da tecnologia. É válido ressaltar que não se tratam de resenhas ou análises profundas dos games, atuais ou antigos, proponho somente uma observação sobre a essência de cada título e como esta se manteve com a sabedoria (ou não) adquirida pela idade.

Mortal Kombat

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Como Começou: A franquia começou nos arcades em 1992 e chamou muita atenção da mídia pelo excesso de violência e sangue no decorrer do game. Todo este exacerbo era expresso no final de cada combate pelos fatalities, comandos que na época pareciam impossíveis e executavam uma ação extremamente brutal contra o adversário atordoado. Cabeças rolantes e jorros de sangue eram comuns e apreciados com felicidade pela turba de garotinhos pré-adolescentes.

Outro fator que causou um sucesso estrondoso de Mortal Kombat nos consoles de mesa foram seus gráficos. Os personagens eram feitos com moldes reais e tinham uma aparência “cinematográfica”. Para os padrões 16bits daquele tempo era algo bonito de se ver.

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A jogabilidade rápida também foi marca característica de Mortal Kombat nos seus early days. Pulos e seqüências de combos impetuosos faziam as partidas serem rápidas e agressivas. Coisa rara naquela época.

Aonde foi Parar: Mortal Kombat Vs Dc. Universe

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A ação frenética já vinha se perdendo na franquia Mortal Kombat desde seus Armageddons e companhia no imortal PS2. Não que os jogos sejam ruins, mas não acompanharam o ritmo da geração passada, e, creio eu, muito menos da atual.

MK Vs DC, como diz em seu título é o lar de um confronto até então impensável. Uma concepção típica das férteis mentes infantis: O que aconteceria se o Super Homem enfrentasse o Sub-zero ?

Apesar dos gráficos bonitos e proposta grandiosa, juntar tais universos, a jogabilidade é bem lenta, tornando as lutas, além de demoradas, entediantes. Ainda há violência, claro, os fatalities também estão lá, de alguma forma pervertida, bem amenos e sem graça, mas estão.

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Os personagens, principalmente da DC, poderiam ser mais bem trabalhados. O Coringa, que após The Dark Knight se tornou a personificação da insanidade, lembra mais a versão de Jack Nickholson, uma criatura que pende para o lado da excentricidade, não da loucura.

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Mortal Kombat tenta, admito, mas a grandiosidade outrora alcançada pela franquia, rivalizando em pé de igualdade com Street Fighter se perdeu no tempo. A saga de Liu Kang não explorou de maneira sábia os recursos das três dimensões e só deve encher os olhos dos verdadeiros fãs da série.

The king of Fighters

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Como Começou: The King of Fighters, ou KOF daqui para frente, começou como uma espécie de Dream Match entre os jogos de luta da extinta SNK. A produtora pegou seus games mais famosos, Fatal Fury e Art of fighting, jogou a cronologia/história para o canto mais próximo e armou os combates. Uma receita de sucesso estava servida.

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Naquele tempo, além do óbvio fator cross over incutido no game, KOF também tinha uma jogabilidade rápida e dinâmica, algo que se tornou marca da série. Combos e “apelações” entravam em cena juntamente com uma movimentação diferenciada com as esquivas e explosões de barra para maiores seqüências de ataques.

KOF era somente sobre as lutas. Os gráficos não eram os melhores, os sons infelizmente seguiam pelo mesmo caminho. Os combates, por outro lado, não deixavam nada a desejar.

Aonde foi Parar: KOF XII

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Para a comemoração do 15º aniversário da franquia, a SNK-Playmore resolveu inovar: contratou famosos desenhistas do mundo gamer, refez todos os sprites e com um belíssimo artword feito a mão KOF estava pronto para explodir a nova geração. Perfeito, certo? Longe disso.

KOF XII tem MUITOS problemas. Sim, o artwork está belíssimo. Os personagens foram remodelados e alguns deles tomaram bomba, como Ralf e Clark, mas nada que se torne um problema. O resultado é até satisfatório. Os gráficos, porém, são porcamente adaptados para televisões FULL HD, aparecendo cheio de serrilhados e bastante pixelados quando aproximados. Sim, aproximados. O jogo conta com um novo modo de câmera que dá um close na luta assim que os oponentes se aproximam, ou seja, o tempo inteiro. Seria algo realmente bonito e eficaz, os problemas visuais já citados, no entanto, arruínam por completo esta experiência.

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Outro fator bastante criticado no novo titulo da série é o reduzido número de personagens. The king of fighters sempre teve como marca sua variedade de escolha. Já que era um jogo de trios, diferente dos outros games aqui comentados, era necessário um enorme leque para a escolha. O último jogo conta com somente 22 lutadores e até mesmo alguns clássicos ficaram de fora, como Mai Shiranui, o que obviamente gerou um descontentamento geral por parte dos fãs. Estas, juntamente com o menu principal pobre, quase arcaico, são marcas de um trabalho feito com pressa e mal acabado.

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KOF XII, por incrível que pareça, não é um jogo ruim. As partidas continuam frenéticas e com uma jogabilidade inalterada relembrando os primeiros títulos, o que é bom. Quem conhece a série, quem já pagou R$ 0,25 por dois créditos, vai gostar e se divertir muito, como eu.

Street Fighter

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Como Começou: Seria até errado falar que a maior série de jogos de luta começou com street fighter 1. Eu, por exemplo, nunca cheguei perto de um cartucho ou fliperama contendo o jogo. Creio também não conhecer alguém que o tenha feito.

Era 1993 quando a Capcom lançou o já sucesso dos arcades, Street Fighter 2, para campeão de vendas daquela geração: Snes. O jogo não tinha os melhores gráficos, se comparado à Mortal Kombat, não tinha a jogabilidade mais fluida se comparado à The King of Fighters, mas os poderes relativamente simples e personagens cativantes, além da facilidade com que o jogo era encontrado, praticamente em qualquer botequim.

Aonde foi parar: Street Fighter IV

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A Capcom acertou em cheio. Quando falaram que o novo Street Fighter seria feito com uma engine 3d admito ter torcido o bico. Só consegui me lembrar do fracasso que foi Street Fighter EX. Felizmente não estamos mais na década passada e os consoles possuem ótimos processamentos gráficos.

Sim, como acabei de dizer, SF IV possui gráficos 3D, mas com uma jogabilidade completamente em 2D. Por mais estranho que possa parecer, a coisa funciona, e como funciona. Todos os personagens clássicos estão presentes neste ótimo, se não perfeito, fighting game da Capcom. Desta vez não há super-pulos como nos crossovers Capcom Vs coisas randômicas, não há hadoukens que ocupam metade da tela. Se Street Fighter fosse criado hoje, ele seria exatamente como Street Fighter IV.

Os personagens clássicos estão presentes, além de alguns outros importantes da série, como Akuma e Cammy. Aqueles trocentos lutadores que ocupavam a tela da versão Alpha 3 não foram aproveitados, o que não faz falta alguma, já que todos sempre preferem os mais tradicionais.

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Visualmente falando o jogo é perfeito. Não consigo imaginar gráficos melhores que aqueles, não falo somente nos consoles atuais, não consigo imaginar aonde podem melhorar PONTO. Todos os efeitos do cenário, como luzes refletindo na roupa dos personagens e interações animadas do fundo fazem de Street Fighter IV uma experiência inesquecível.

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Se de algum modo fosse possível mensurar a importância dos Jogos de luta ao passar do tempo, como uma espécie de acervo histórico, estes três com certeza estariam no hall da fama. Apesar dos recentes erros de algumas franquias/empresas, os fãs continuam a agradecer por seqüências que, como estas, são muito mais que meros jogos de videogame, são uma parte da infância de todo nerd.

Um pouco de Marvel…

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

8 comentários  

Entre os vários assuntos que poderia escolher para minha primeira postagem no blog acabei preferindo falar de algo que me acompanha a um longo tempo e que mesmo com o passar dos anos sempre foi algo do qual nunca me cansei: Marvel Comics.
Lembro nitidamente da minha ida à banca, mais precisamente ao shopping Castanheira, quando resolvi comprar alguma revista de super-herói porque já era um garoto grandinho para continuar com as revistas do Zé Carioca. Na época devia ter uns nove anos quando olhei a revista do Homem-Aranha, conhecido antigo dos desenhos animados, não tive dúvidas.
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Depois desse dia lembro-me de ir todo fim de semana ao shopping com meus suados R$2,50 só para procurar nas bancas se havia chegado alguma nova edição. A nível de curiosidade, nessa época começava a saga do Clone aqui no Brasil, Peter Parker abandonou o cargo e em seu lugar Ben Reilly assumiu uma das fases do aracnídeo que mais gostei até hoje.
Pouco tempo depois acabei ganhando uma assinatura de presente e expandindo o universo Marvel um pouco mais além. Deadpoll, Hulk, X-Men e Cia.
Juro que tentei ler as histórias dos personagens da DC, mas o mundo do Super Homem era tão perfeitinho e sem graça que não comprei mais de duas ou três revistas...
Infelizmente quando a Abril começou a publicar as revistas em formato americano por preços exorbitantes tive que largar o que era minha diversão dos fins de semana, retomando minha coleção a pouco mais de dois anos, já com a Panini responsável pela publicação nacional.
Nessa época começava a fabulosa Guerra Civil, voltei a ler mais empolgado do que nunca e aproveitando as facilidades atuais comecei a participar de uma comunidade no Orkut com direito a debates e tudo o que um marvete poderia desejar.
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Hoje temos a Invasão Secreta aqui no Brasil rendendo algumas histórias muito boas que engobam todo o Universo Marvel, os X-Men em uma nova fase em São Francisco, além das Minis que já seriam coisas demais para se comentar em um único post.
Foi assim que comecei minha coleção que hoje batem quase os mil gibis (orgulhozinho nerd) e entrei nesse vício impossível de largar que me fez criar esse blog com mais alguns amigos para escrevermos um pouco mais do que preenchem um pouquinho os nossos dias.